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Endometriose por Drº Luiz Claudio Marinho

ENDOMETRIOSE 

Endometriose, por definição, é a implantação do endométrio (tecido que reveste o interior da cavidade uterina) fora útero. O endométrio é um tecido ricamente vascularizado que reveste o interior do útero. Na ausência de gravidez ele é eliminado periodicamente num fenômeno conhecido como menstruação. Algumas teorias tentam esclarecer a origem da doença. Uma delas, a teoria da menstruação retrógrada, postula a possibilidade de que, durante a menstruação, células endometriais possam ser eliminadas, através das tubas uterinas, na cavidade pélvica e implantar-se em estruturas como as próprias tubas, ovários, bexiga, intestino e peritôneo. Este fenômeno, associado a uma resposta inflamatória, ação hormonal e fatores genéticos determinaria a formação dos implantes ou endometriomas. Outra teoria propõe que células celômicas, a partir de estímulos hormonais, transformem-se em glândulas e células endometriais. Focos de endometriose também podem ocorrer em órgãos distantes como cérebro e pulmões. Uma forma da doença, chamada adenomiose, ocorre quando da implantação do endométrio no interior do músculo uterino. Nos ovários os implantes poder formar grandes cistos.

O principal sintoma da endometriose é a dor, que pode ser uma cólica menstrual intensa, dor durante a relação sexual, dor ao urinar, dor intestinal, diarreia, dor pélvica crônica ou uma combinação destes sintomas. A infertilidade ocorre geralmente porque as tubas uterinas podem ser obstruídas ou bloqueadas pelos implantes. Em razão de parte das pacientes serem assintomáticas nas fases iniciais e desconhecerem a doença, a infertilidade é uma sequela frequente.

Estima-se que a endometriose acomete 10% das mulheres em idade reprodutiva e representa a principal causa de infertilidade em nosso meio. Pacientes que desejam engravidar podem necessitar do apoio de serviços de reprodução assistida (fertilização in vitro).

O diagnóstico é obtido através da anamnese, exame físico e ginecológico, exames laboratoriais, exames de imagem (ultrassonografia e ressonância magnética), além da videolaparoscopia que permite visualizar, biopsiar e tratar diretamente os focos de endometriose.

O tratamento visa a aliviar ou eliminar a dor, reduzir o tamanho dos implantes, limitar ou reverter a evolução da doença, preservar ou recuperar a fertilidade e prevenir as recidivas. Os casos de menor gravidade são tratados com  anticoncepcionais, mantendo-se a paciente sem menstruar por longos períodos. Casos graves requerem drogas específicas e intervenções cirúrgicas. Analgésicos e anti-inflamatórios são empregados no tratamento da dor. A cirurgia minimamente invasiva (videolaparoscopia) é hoje  padrão-ouro no tratamento dos focos de endometriose superficial e profunda. A complexidade e gravidade da doença, também faz necessário suporte multidisciplinar (nutricional, psicológico e fisioterapêutico).

 

 

Dr. Luiz Claudio Couto Marinho

CRM-AL 4874 – TEGO – RQE 2222

Ginecologista e Obstetra

luizclaudio.go@uol.com.br

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